Expressão em latim do poeta Caio Valério Catulo, que nos leva à reflexão da dinâmica psicoterapêutica. Quase sempre precisamos do outro para ver o peso que carregamos, seja de qual ordem for.
Na psicoterapia, a(o) terapeuta pode até ver, mas não retira, não julga e não invalida. Na terapia se escuta como a pessoa sente este peso e se acolhe o desejo do que ela vai querer fazer com isso.
Terapeuta não tira peso das costas de ninguém, vai saber se não fará falta para quem o carrega. Terapeuta escuta, acolhe e espera e por isso mesmo muitas vezes a parte paciente da relação é do próprio terapeuta, pois deixar para trás alguns pesos requer paciência e os pesos de paciente e terapeuta não podem (con)fundir-se.
Nem todo paciente tem paciência e nem toda paciência convém ao processo terapêutico.
Deixar o peso das costas para trás requer descobrir os motivos que o levaram a colocá-lo sobre as próprias costas.