Na correria dos prazos, metas e autocobranças, os sonhos — noturnos e diurnos — têm sido silenciados. Sonhar não é luxo, mas função vital que se faz pela linguagem do inconsciente.
O que diz a ciência sobre os sonhos?
O neurocientista Sidarta Ribeiro, em O Oráculo da Noite, afirma que no mundo contemporâneo o sonho tem sido relegado ao segundo plano — tanto em sua função biológica, com o sono cada vez mais fragmentado e mal aproveitado, quanto em seu papel simbólico: deixamos também de sonhar futuros, ensaiar possibilidades, caminhos fora da lógica produtivista.
Ao ignorar os sonhos, perdemos contato com o que há de mais criativo e libertador em nós.
Sonhos na clínica reichiana: escuta do corpo e do inconsciente
Na clínica reichiana, compreendemos o sonho como expressão profunda do corpo e do inconsciente. Sonhar nos permite atravessar defesas, abrir espaços de elaboração e acessar desejos interditados. O sonho revela o que o corpo sente, mas ainda não pode dizer.
Sonhar é um ato de resistência
Na escuta clínica, sonhar é um ato de resistência. Num mundo que exige produtividade constante e sufoca o devaneio, sonhar é cuidar de si. É escutar-se com coragem e acolhimento.
E você?
Você tem conseguido sonhar? Dormir bem? Imaginar um futuro possível?
Talvez seja hora de (re)abrir espaço para isso.
Na clínica, há lugar para os sonhos. Para escutá-los, acolhê-los e descobrir o que eles anunciam.
Vamos juntes?
