
Reflexões sobre escuta empática, vínculo e a fragilidade das relações humanas
Em tempos de excesso de informação, escutar se tornou quase um ato de resistência. Não o escutar automático — aquele em que ouvimos esperando a vez de falar — mas o escutar profundo, que se abre ao outro, com presença, curiosidade e acolhimento, ou seja, a escuta empática.
Essa escuta é rara. Mas é nela que mora o vínculo.
Na Psicologia Humanista, Carl Rogers nos ensinou que a escuta empática é o que permite que o outro se revele. É quando suspendemos nossos julgamentos, silenciamos nossas respostas prontas e abrimos espaço para o que o outro realmente está tentando dizer, às vezes e inclusive, além das palavras.
Escutar é validar. É reconhecer. Escutar é dizer: “você importa”.
Na clínica, isso é ainda mais sensível. O setting terapêutico é, muitas vezes, o primeiro lugar onde alguém se sente verdadeiramente escutado. Onde não é interrompido, corrigido ou apressado. Essa experiência, por si só, pode curar feridas que vieram do silêncio, da invalidação ou da ausência de escuta empática.
Mas e fora da clínica?
Quantas relações adoecem justamente por não escutarmos uns aos outros?
Quantos vínculos frágeis surgem porque escutamos apenas para responder, para defender nosso ponto, manter razão ou encerrar logo o assunto?
O que falta, muitas vezes, não é diálogo. É escuta ativa
No mundo do trabalho, nas famílias, nos relacionamentos afetivos — e, principalmente, em nós mesmos — cultivar uma escuta mais humana, sensível e presente pode transformar profundamente a forma como nos relacionamos, ou seja, a verdadeira e humana escuta empática.
💬 Que tal experimentar a escuta ativa com alguém hoje com o único objetivo de compreender e não de responder?
Se precisar de ajuda, estamos aqui para lhe acolher.


