Síndrome de burnout: o que é, sintomas e caminhos de cuidado

O trabalho ocupa um espaço importante em nossas vidas. Ele oferece propósito, sustento e reconhecimento. No entanto, quando tudo passa a girar em torno de metas, produtividade e desempenho, algo se perde pelo caminho. O corpo começa a dar sinais, o prazer se esvazia e a mente parece sempre cansada. Esse esgotamento prolongado é conhecido como síndrome de burnout, uma condição que pede mais escuta do que pressa.

O que é a síndrome de burnout e por que ela acontece

 

Na psicanálise, não se trata de rotular o sofrimento, mas de compreender o que ele quer dizer. O burnout pode revelar o quanto alguém se afastou do próprio ritmo, tentando corresponder a expectativas que já não fazem sentido. Quando o trabalho deixa de ser lugar de criação e se torna apenas sobrevivência, é natural que o sujeito adoeça. Escutar esse cansaço é o primeiro passo para ressignificar o modo de estar no mundo e de se relacionar com o trabalho.

Os sinais costumam aparecer aos poucos: cansaço persistente, irritabilidade, dificuldade de concentração, distanciamento das relações e alterações no sono. O corpo fala quando as palavras faltam. Reconhecer esses avisos é essencial para evitar que o desgaste se torne ainda mais profundo.

A experiência em psicologia organizacional mostra que o trabalho pode ser espaço de pertencimento, mas também de cobranças invisíveis e ideais inalcançáveis. Quando não se encontra um modo de dizer “basta”, o esgotamento se torna a forma silenciosa de o corpo fazer esse pedido. Identificar esse limite e compreendê-lo é parte fundamental do cuidado.

O processo terapêutico propõe tempo e espaço para refletir sobre essas repetições. Quais expectativas estão pesando demais? O que é realmente seu e o que foi herdado de um modo de viver que já não serve mais? A análise não oferece respostas prontas, mas convida a pensar e a escutar o que foi calado pelo excesso. Assim, aos poucos, é possível reencontrar o próprio ritmo e o desejo de viver com mais presença e menos cobrança.

Em Joinville, muitas pessoas têm buscado compreender esse cansaço com o apoio de uma escuta psicanalítica que acolhe, sem julgamentos, o que se repete e o que dói. Falar sobre o cansaço é um gesto de coragem e de cuidado. Quando o corpo pede pausa, talvez não seja apenas descanso o que ele busca, mas também um espaço para ser ouvido. É a partir dessa escuta sensível e humana que a transformação começa.

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